top of page

Terceira Etapa – 2018

          O projeto O Que A Minha Arte Tem de Mim? faz parte da terceira etapa dos estudos da Cia Queremos Saber_Artes do Corpo sobre a importância de o criador/intérprete refletir sobre a dramaturgia que constitui seu corpo e como essa atua na dramaturgia da sua dança.  

             A proposta foi que, cada criador refletisse de forma crítica sobre seu trabalho artístico mergulhando mais de uma vez num estudo teórico/práticos sobre o tema inicial e o resultado estético da dança. 

            Nesse estudo a dramaturgista fez o papel de problematizadora durante o processo de criação. Buscou desenvolver questões para que os criadores, nos momentos em que se preparavam para a criação, buscassem responder tais questões e procurassem perceber como suas respostas atuavam no seu corpo e consequentemente na sua arte.   

 

Participaram dessa etapa cinco criadores em estágios diferentes na criação dos solos.

Solo: ABEIRAR – Inspirado na obra Grande Sertão Veredas e no conto A Terceira Margem do Rio, de Guimarães Rosa. A criadora/intérprete Camilla Rodrigues, criou o solos em 2014 e volta em 2018 para Cia Queremos Saber para desenvolver a segunda etapa de seu estudo sobre sua obra. Fez um recorte do conteúdo artístico para melhor refletir sobre a estética da dança e a temática que questão.   

 

Solo: CONCRETO –  ao investigar sobre a dramaturgia do seu corpo e a dramaturgia da sua dança a criadora buscou refletir sobre seu corpo e sua personalidade diante da vida cotidiana. A criadora/intérprete Selva Arza  é professora de artes no ensino fundamental. Por demonstrar interesse por dança e em conhecer o processo da Cia Queremos Saber foi convidada a participar da terceira etapa de estudos sobre a dramaturgia do corpo e a dramaturgia da dança. Desenvolveu uma partitura cênica por estar na primeira etapa da criação, que tem como foco destacar o material bruto do processo de criação, entendido como matéria estruturante  da obra. Sua investigação partiu da Temática do estudo da terceira etapa “O que a Minha arte tem de mim”.

 

Solo: CORPO MACHUCADO – A partir de discussões pessoais entre ser, corpo, sexualidade e gênero o solo Corpo Machucado trás sentimentos do corpo que resiste para existir tirando sua máscara imposta pela sociedade e se mostrando pronto para dançar a sua dança. O criador/Intérprete Leo Resende que é ator e também iluminador da Cia foi convidado a participar da terceira etapa e desenvolveu uma partitura cênica por estar na primeira etapa da criação que, tem como foco destacar o material bruto do processo de criação, entendido como matéria estruturante  da obra. Sua investigação partiu da Temática do estudo da terceira etapa “O que a Minha arte tem de mim”.

Solo: PROCESSOS INTERROMPIDOS - Inspirado nas obras Angélica Acorrentada, de Jean-Auguste Dominique Ingres, e Guerreiro Chinês de Terracota, a Criadora/Intérprete Paulina Alves traça um paralelo entre as imagens das artes plásticas e a vida contemporânea, onde a mulher ao mesmo tempo que se sente ou é acorrentada pelas questões impostas pela sociedade, encontra força para continuar sua caminhada. A dançarina, Paulina Alves está em uma terceira versão de um mesmo solo. Desta vez busca romper com o modo de criar a partir de um tempo determinado para cada movimento coreografado. Agora, investiga como a dança pode acontecer no momento que atua, a partir de uma escuta entre seu corpo, seu tema e o vestido, que é seu parceiro cênico.

Solo: FRESTA - A dançarina Isadora Massoni revisita o solo Fresta inicialmente concebido como uma partitura de movimento livremente inspirada no conto Restos do Carnaval de Clarice Lispector. Agora a dança é criada no momento presente da cena a partir da seguinte questão: como os sentimentos ao desenvolverem emoções fazem dessas os movimentos cênicos que expressam a temática “fresta”?

Frestas, neste espetáculo são aberturas para novas possibilidades de estética da dança, que surgem do diálogo, por vezes tenso, por vezes terno, entre a improvisação da dançarina junto ao seu tema e o músico, o espaço e a iluminação cênica. Nesse amálgama de linguagens produzidas no momento da cena os artistas criadores se lançam em direção ao outro em insuspeitados sentidos e imagens.

bottom of page